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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Tintinnabulum a origem do sino

ORIGEM DO SINO

Os judeus e os pagãos conheceram somente o tintinnabulum ou campainha. Esta miniatura do sino é nomeada pela primeira vez no livro do Êxodo. Deus ordenou a Moisés guarnecer de campainhas de ouro a orla inferior do manto de Aarão, o primeiro Sumo Sacerdote, e acrescentou: “Aarão será revestido desse manto quando exercer suas funções, a fim de se ouvir o som das campainhas quando entrar no Santuário diante do Senhor, e quando sair” (Ex. 28, 35). Em número de 72, destinavam-se elas a recordar aos filhos de Israel que a Lei lhes havia sido dada ao som da trombeta.
Entre os gregos e romanos, as campainhas eram usadas em diversos atos civis e religiosos, desde a abertura dos banhos públicos até a consagração de algum templo.
Durante o período das perseguições, deveriam ser silenciosos os meios de chamar os cristãos para as reuniões, de modo a não despertar a atenção dos pagãos. Depois de Constantino, a Igreja do Ocidente passou a servir-se de trombetas para essa finalidade, e a do Oriente usava duas lâminas de cobre, que se batiam uma contra outra.
Não se sabe quem foi o idealizador do sino como hoje o conhecemos. Segundo relato de Santo Isidoro de Sevilha, falecido em 636, sua origem é a região da Campânia, Itália, muito provavelmente a cidade de Nola.

O sino nasceu católico

Nos tempos de Carlos Magno, que reinou de 768 a 814, os sinos eram já muito conhecidos. A propósito da solicitude deste soberano pelas coisas eclesiásticas, o monge de Saint Gall nos conta este singular fato:
“No império de Carlos Magno vivia um hábil fundidor que fez um excelente sino. Apenas soube disso, o imperador ficou penetrado de admiração. Prometeu-lhe o fundidor fazer uma mais belo, se em vez de estanho, ele lhe desse cem libras de prata.
“A soma foi-lhe logo entregue; mas esse mau homem usou estanho, em vez de prata, e em pouco tempo apresentou o novo sino a Carlos Magno. Gostou dele o imperador e ordenou que lhe pusessem o badalo e o içassem ao campanário.
“O guardião da igreja e os outros capelães tentaram tocá-lo, mas não conseguiram. Vendo isso, o fundidor pegou na corda presa no badalo e pôs-se a puxá-la. Mas o badalo se desprendeu, caiu-lhe na cabeça e o matou.”
E o monge cronista conclui: “Aquilo que é mal adquirido, a ninguém aproveita”.
O sino nasceu católico, sua invenção foi reservada à Igreja. E esta o ama como a um filho, a ponto de até baptizá-lo. Bem entendido, não se trata do Baptismo sacramental, que nos torna filhos de Deus, mas de um cerimonial de consagração, como se faz com os vasos sagrados.
Bem hajam


Carlos Fernandes

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